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Sindpol resgata a história de Pedro Tarzan, símbolo do Carnaval alagoano

Por Imprensa (quarta-feira, 12/02/2020)
Atualizado em 12 de fevereiro de 2020

Nos anos 1950 a 1990, um cidadão sergipano despertava a curiosidade dos maceioenses. Durante 40 anos, a pergunta frequente no Carnaval era “qual a fantasia que Pedro Ferreira Auta, mais conhecido como Pedro Tarzan, iria usar”.

Pedro Tarzan nasceu no município de Malhador – SE, em 17 de fevereiro de 1929. Com 21 anos, veio morar em Maceió. Tarzan sempre foi um desportista. Gostava de correr e nadar. Quando jovem, foi um dos primeiros a montar uma academia de halterofilismo, a Academia de Halteres, denominada “Ginásio Sansão”, em 1954, na Ponta Grossa. Em 1957, consagrou-se campeão do concurso realizado entre as academias Força e Saúde, Peso e Ginásio Sansão, todas conhecidas na época.

Os seis filhos foram crescendo, vendo o pai confeccionando as fantasias. A vida não era fácil para a família Mamede Ferreira. O Pedro Tarzan foi servidor público da Prefeitura de Maceió, da SUMOV, e cultivador de hortaliças e ervas medicinais. Com sua ousadia e irreverência no Carnaval, encantou os alagoanos, tornando-se um ícone da cultura alagoana.

Suas inspirações eram de figuras da história brasileira, índios do cinema americano, personagens bíblicos, como Golias e Sansão, o cangaceiro Lampião, gladiador romano, rei, personagens de filmes épicos, como o Conan o Bárbaro. Ele lia as histórias e assistia a filmes para se incorporar nos personagens.

Não era só Pedro Tarzan que desfilava, mas toda a família. O carnavalesco fazia as fantasias para ele, os filhos e sobrinhos. Ainda pequenos, os filhos Josué Mamede Ferreira e Gerson Mamede Ferreira recordam as noites que o seu pai trabalhava para os festejos carnavalescos. Todo o material era reciclado, utilizava-se de penas de galinhas, cabo de vassoura, objetos catados no lixo. “Para fazer o personagem de índio, Pedro Tarzan usou uma peruca que ele mesmo fez com a crina de cavalo”, recorda o filho Gerson Mamede, revelando que a fantasia mais simples marcou o nome do seu pai para o resto da vida. “Ele colocou uma tanga e saiu, virando o Tarzan que todos conhecem”, disse.

 

Valorização

A nova gestão do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol), buscando valorizar a história do policial civil, resgata a história de um dos ícones do Carnaval alagoano, o senhor Pedro Tarzan, pai do policial civil aposentado Josué Mamede.

O presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, ressalta a importância do Pedro Tarzan, pai do policial civil, para as antigas e futuras gerações, através de sua criatividade e dedicação, encantou a população, marcando a história na cultura alagoana.

 

Saudade e Exposição

Pedro Tarzan faleceu em 28 de setembro de 2000. “São 20 anos de saudade”, emocionam-se os filhos.

A importância do carnavalesco pode ser vista na exposição “Carnelevarium II – Prazeres da Carne” no Complexo Cultural Teatro Deodoro, com entrada gratuita. A exposição faz homenagem ao Pedro Tarzan. A mostra fica em cartaz até 27 de março e pode ser visitada de segunda a sábado, das 8 às 18 horas, e, aos domingos e feriados, das 14 às 17 horas.

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